10 fevereiro 2021

Geometria Sona

 Em direção a África este assunto nos apresenta um olhar matemático para uma produção de povos Angolanos. A geometria Sona baseia-se em uma espécie de malha com pontos distribuídos onde um fio perpassa seguindo algumas regras e formado magnificas imagens. Segundo a cultura Angolana a lusona conta uma historia elas representam as mesmas. Existem muitas e com variações, produzidas por um único fio onde o desenho se forma sem interrupções pois o lápis permanece no papel do inicio ao fim, ou por dois ou três enfim, onde o lápis é retirado do papel para continuar a preencher a malha e finalizar a figura. As margens da malha funcionam como espelhos refletindo o fio de forma a configura-lo com perfeição em ângulos de 45 graus. Existem algumas que são irregulares, possuindo espelhos irregulares, porem para o conceito de beleza da geometria sona, quanto maior a regularidade e menor a quantidade de fios mais bela a lusona é.

Respondendo a Atividade da aula anterior

 O texto proposto pelo professor foi muito rico e possibilitou uma melhor compreensão da origem dos trançados Bora. A partir de sua leitura pude responder as perguntas propostas.

A matemática está sim presente no contexto do artesão Bora, porem sua expressão é muito mais intuitiva que consciente da forma racionalizada que a estudamos na academia ou mesmo nas escolas. Etnomatematica é o termo que será usado para definir essa expressão da matemática no cotidiano das diversas sociedades. Apesar de historicamente termos registrado e reproduzido a ideia de que os gregos criaram a matemática é muito claro perceber suas manifestações em todos os outros meios culturais existentes, dessa forma em 1970 surge esse movimento que busca compreender e valorizar as expressões matemáticas de povos como os Bora.

A matemática está presente em nosso cotidiano muito mais do que muitas vezes possamos perceber. nas mais diversas instancias da nossa existência, seja administrando a vida domestica, como a quantidade de produtos de limpeza e higiene, ou os ingrediente e proporções dos alimentos para produzir uma refeição, Para administrar o tempo entre os cuidados com a saúde, a limpeza da casa, o cuidado com os filhos, o sono, ou ainda calcular o tempo e a distancia para pegar um transporte para trabalhar ou buscar os filhos na escola. Para calcular o tempo e o ritmo ao tocar um instrumento musical, para calcular a proporção de uma figura que iremos desenhar ou pintar em um quadro. Estamos intuitivamente tão acostumados a calcular, medir, e administrar as coisas e ações ao nosso redor que raramente percebemos como a matemática está presente em nossas vidas.

Como solicitado aqui estão as representações das mariposas irregulares:

A: (3,4,3+1+2)

B: (1,4,4+1+2)

C: (1,3,4+3)

Continuação Trançados Bora: Calculando a área das mariposas e identificando trançados

 No dia 03 de Novembro de 2020, foi realizada a terceira aula do componente curricular Matemática e Espaço onde demos continuidade aos estudos sobre os Trançados Bora. Após aprendermos a identificar as mariposas através do trio a, b, e c, descobrimos que existem mariposas irregulares, ou seja, possuem anéis diferentes, onde o trio a, b, c não conseguem representar de maneira adequada. Quando necessário identificar uma mariposa irregular ajusta-se então o valor de c para que ele represente a realidade da mariposa, assim c passa a ter um conjunto de valores a exemplo (a, b, x+y+z) sendo c = (x+y+z). Contudo as mariposas irregulares não foram o foco da aula, passamos a perceber a necessidade de um caminho para calcular a área da mariposa, haja vista que a área em centímetros varia de acordo com a largura das fitas então determinou-se que a área sempre será calculada pelo numero de quadrados. Para esse calculo também é possível usar a diagonal ou o numero de fitas, que para calcular já temos a formula apresentada na aula anterior.

O professor nos lançou ao final da aula algumas perguntas, elas seriam respondidas a partir da leitura de um texto que contextualiza histórica e culturalmente os trançados Bora.

As perguntas são:

Existe relação entre a matemática e o contexto do artesão Bora?

Você consegue pensar na matemática como parte da sua vida? Porque? Como?


03 novembro 2020

Introdução + Trançados Bora 27/10/2020

No dia 27 de outubro de 2020 o professor Elivaldo Lozer Fracalossi Ribeiro expõe o Componente Curricular Matemática e Espaço e o cronograma de suas aulas. Dando inicio aos conteúdos foi apresentado o trançado Bora, sua origem remota de povos denominados Bora da Amazônia peruana, suas formas simples surgem a partir de fitas de cores diferentes que são colocadas ora por cima ora por baixo formando figuras geométricas aqui denominadas como 'mariposas'. Durante a aula pudemos conhecer o processo de construção e identificação dos trançados. Aprendemos a identificar através do terno ordenado (a,b,c) e a calcular a quantidade de tiras necessárias para a construção das mariposas. Como atividade foi solicitado a construção de uma mariposa de acordo com instruções especificas utilizando como valores de referencia para o terno ordenado (a,b,c) a nossa idade. Minha mariposa ficou identificada assim Mmoana: (3,2,3) representada na foto.
Utilizei uma folha de papel cartão verde cortada em tiras de aproximadamente 3cm cada. Como o papel cartão possui faces com cores diferentes usei a frente e o verso para produzir tiras de cores diferentes.
A segunda parte da atividade consistia em produzir este diario de bordo onde relatarei semanalmente todo o nosso percurso.
Para a realização da atividade foi solicitado a comparação da nossa mariposa com pelo menos uma outra. Usei para comparar esta mariposa identificada como M: (1,3,2)

Logo percebo que o centro das mariposas são diferentes, a minha mariposa possui um centro formado por 3 fitas o que atribui a ele um formato de cruz, enquanto que a outra mariposa possui o centro em formato quadrado por ser feito com apenas uma fita. e apesar de serem feitas com o mesmo numero de fitas elas são muito diferentes pois a minha possui apenas um anel com a largura de três fitas, enquanto a outra possui dois anéis concêntricos com largura de duas fitas cada um.
Foram necessárias 9 fitas de cada cor, e para calcular esse valor eu utilizei a formula matemática: Nf=2a+4c(b-1) e para os valores de a, b e c calculei segundo as orientações ofertadas na aula onde a representa o numero de fitas necessárias para fazer o centro da mariposa, b sendo o numero de anéis incluindo o centro, e c o valor do numero de fitas usadas na largura dos anéis excluindo o centro. Mmoana: a=3, b=2,c=3 assim:
Nf=2.3+4.3(2-1)
Nf=6+12.1
Nf=6+12
Nf=18 fitas no total, ou seja, 9 fitas de cada cor

A partir do numero de fitas é possível calcular o valor da área da mariposa em centímetros de acordo com a largura das fitas. Na Mmoana:(3,2,3) foram usadas fitas de 3cm de largura. Sendo 9 fitas de cada cor com 3cm cada uma, assim o cumprimento para uma mariposa quadrada seria 27cm. Contudo como a mariposa foi feita em papel cartão e as ferramentas utilizadas não exprimiam exatidão ao final os lados do quadrado da mariposa ficaram com variação e chegaram a 28.6cm aproximadamente. Assim a área que seria de 729cm² passou a 817,96cm².
O calculo para o numero de fitas foi exato e preciso, facilitando muito a produção da mariposa, contudo a maior dificuldade foi para realizar trançado, pois apenas com os valores não conseguia visualizar a ordem das fitas por cima ou por baixo, assim foi preciso fazer um rascunho em desenho para criar o gabarito da imagem que o trançado formaria, e somente depois disso foi possível realizar a construção da mariposa.

Primeiro encontro


No dia 13 de outubro de 2020 foi realizada, durante a semana de acolhimento, a primeira aula do componente curricular Matemática e Espaço, com a presença de todos os docentes responsáveis por ministrar o componente durante este quadrimestre, juntamente com as 14 turmas. Esta aula coletiva apresentou uma nova perspectiva para a matemática através de uma atividade em grupo que se realizou virtualmente. Reuniram-se grupos compostos por discentes de diferentes cursos que tiveram que assumir papeis específicos em seus grupos. Individualmente responderam a 3 perguntas: 
a) O que você entende como matemática? 
b) Onde você percebe a matemática no mundo? 
c) Como tem sido sua relação com a matemática? 
Em grupo debateram suas respostas buscando compreender o olhar de cada um para assim ampliar a compreensão sobre matemática. Posterior a isso cada integrante do grupo atualizou suas respostas e as enviou pelo SIGAA. Dessa forma foi possível perceber que cada individuo produz experiências próprias com relação a matemática e isso transforma a percepção e a relação com ela.